sexta-feira, 22 de julho de 2016

Escola sem Partido - Do que se Trata? Parte 2


Foto – Logo do Escola sem Partido.
No primeiro artigo a respeito do Escola sem Partido, explicamos esse fenômeno pelo prisma da questão ideológica envolvendo o crescimento a nova direita brasileira de matiz ideológico neoconservador (cujos gurus são nomes como Jair Bolsonaro, Marco Feliciano e Olavo de Carvalho, entre outros) e a relação disso com o crescimento dessas propostas, buscando fazer um complemento ao vídeo do Pirula sobre o assunto. Agora, na segunda parte, trataremos de algumas outras questões não abordadas na primeira parte, como a questão econômica nele envolta, assim como rebater algumas abobrinhas ditas pelos partidários do Escola sem Partido e iniciativas afins.
Em sua entrevista ao programa Roda Viva que teve lugar no dia 4 de julho de 2016, Leandro Karnal (atualmente professor da Unicamp em História da América) teceu algumas considerações a respeito do Escola sem Partido. Afirmou que a iniciativa fundada por Miguel Nagib em 2004, entre outras coisas, é uma “asneira sem tamanho, é uma bobagem conservadora, é coisa de gente que não é formada na área e que decide ter uma ideia absurda, que é substituir o que eles imaginam que seja uma ideologia em sala de aula por outra ideologia, que é uma ideologia conservadora” e que é “uma crença de uma direita delirante e absurdamente estúpida de que a escola põe na cabeça das pessoas de que esses jovens saem líderes sindicais”. Tais declarações foram endossadas pelo Senador paranaense Roberto Requião (PMDB). Requião disse que “Escola sem Partido é coisa de filho da puta”, grande canalhice, que escola sem opinião é algo inexistente e que o movimento em questão é a opinião de alguns imbecis.
Respostas a esses comentários logo apareceram, a exemplo do deputado federal gaúcho Marcel van Hattem (Partido Progressista), Maro Filósofo e o filosofo e ativista pró-pedofilia Paulo Ghiraldelli. O primeiro disse, entre outras coisas, que Karnal perdeu a diplomacia por ter dito o que disse sobre o Escola sem Partido, que a ideia do Escola sem Partido não tem intenção de fazer substituição ideológica alguma, e sim fazer o contrário, ou seja, estimular o debate nas escolas. Ele ainda diz que Karnal está errado ao afirmar que mesmo diante de um professor de esquerda uma criança ou um jovem pode tirar suas próprias conclusões pelo fato de serem ainda pessoas em fase de formação intelectual, e mais adiante cita exemplos de alunos que supostamente estiveram submetidos à pregação ideológica de professores de esquerda. Ao final de sua resposta a Leandro Karnal, Van Hattem propõe que os pais dos alunos e os professores por ele visto como bons tenham um canal de comunicação com a secretaria de educação, o ministério público e outras autoridades competentes para que eles possam avaliar e garantir a melhor educação para os alunos, pois se continuar assim, afirma ele, a qualidade da educação brasileira decairá cada vez mais.
Maro Filósofo, ao longo de seu vídeo, se queixou do fato de os cursos de disciplinas de humanas como História, Geografia e Letras serem dominados por docentes de esquerda e de existir um suposto silêncio nas escolas quanto ao que ele chama de autores conservadores (que nada mais são que a outra face da moeda dos autores que os professores esquerdistas liberais divulgam em suas aulas), entre eles Olavo de Carvalho (vulgo Sidi Muhammad Ibrahim). Disse que a universidade brasileira não está preocupada em conservar noções básicas e elementares de civilidade, que ela é revolucionária e que não forma pensadores, e sim doutrinadores que trabalham pela inversão de valores e incapazes de analisar a realidade brasileira. Também fala que está ocorrendo nos meios acadêmicos uma distorção da realidade nacional em favor de teorias esquerdistas vindas principalmente da Europa e dos Estados Unidos, acusando autores de esquerda de serem destruidores de referências e que a escola trabalha pela inversão de valores.
Pelo que os comentários de ambos nos sugerem, eles ignoram por completo o fato de que o sistema capitalista possui toda uma superestrutura de poder que ajuda a perpetuá-lo e a mantê-lo, e para isso se valendo de diversas correias de transmissão tais como a mídia de massa, o judiciário (haja vista como a maneira seletiva como a equipe da Operação Lava Jato tem se comportado desde o início das investigações e os golpes perpetrados contra Manuel Zelaya em Honduras e contra Fernando Lugo no Paraguai), o poder econômico, a produção mundial de conhecimento (organizado através de uma articulação entre estado, empresa privada multinacional e universidade de um país capitalista central, cujo objetivo é manter sob controle do capital o desenvolvimento científico e a aplicação tecnológica da ciência) e outras. Assim sendo, o que é o professorzinho de esquerda que dá aulas em uma escola ou em uma faculdade e que eventualmente faz pregação diante de toda essa engrenagem que os grandes capitalistas têm ao seu lado? É a mesma coisa que comparar uma formiga ou uma barata a um elefante. Portanto, se esses elementos tanta questão fazem de falar em escola sem partidário, por que não também exigir, por exemplo, um judiciário sem partido, uma mídia sem partido, um estado sem partido (em outras palavras, que o estado deixe de ser o balcão de negócios dos grandes capitalistas que Karl Marx descreveu em o Manifesto do Partido Comunista), entre outros tantos exemplos? E o que é, por exemplo, o sujeito de classe média que tem horror a pobre e tanto sonha em se tornar alguém da classe dominante? Nada menos que alguém que passou anos sob a alienação da superestrutura de poder capitalista e suas diversas correntes de transmissão. E se é lavagem cerebral às cabeças de crianças e jovens o que a pregação de certos professores esquerdistas fazem o que dizer do que os grandes capitalistas fazem incentivando o consumismo entre as mesmas através de artifícios como propagandas de brinquedos na televisão e em outdoors? Ou o que a televisão faz na cabeça das pessoas vendendo suas fantasias (ou seja, aquilo que o falecido marxista venezuelano Ludovico Silva chamava de mais valia ideológica)? Assim sendo, diferente do que alguém como Van Hattem pensa, na democracia burguesa da qual ele e o clã Bolsonaro são partidários também há coerção de cima para baixo, que muitas vezes se dá através de mecanismos mais sutis de dominação que em outros sistemas. Na teoria, a proposta de Van Hattem é muito bonita, mas na prática não passa de um grande engodo que pode muito bem justificar uma caça às bruxas de caráter macarthista nas escolas, já que ele demonstra ignorar (quer seja por ingenuidade, quer seja por mau-caratismo) que o tribunal também tem suas inclinações partidárias, geralmente reacionárias. Quando as denúncias forem enviadas aos órgãos competentes, diante de juízes e promotores tão ou mais reacionários quanto o Sérgio Moro, esses fatalmente passarão a mão na cabeça dos professores que eventualmente fizerem pregação ideológica direitista, enquanto que aqueles que fizerem pregação ideológica com sinal invertido serão punidos com todo o rigor da lei.
A respeito dos comentários de Maro Filósofo no vídeo “Escola sem Partido e Leandro Karnal”, pelo visto ele ignora que, se nas escolas e universidades brasileiras há um silêncio quanto a autores conservadores, o que falar sobre o ostracismo que autores de esquerda como Álvaro Vieira Pinto, Alberto Guerreiro Ramos e Ruy Mauro Marini foram submetidos em 1964 e se arrasta até hoje? Haja vista que Ruy Mauro Marini, um dos grandes próceres da teoria marxista da dependência junto com nomes como André Gunder Frank, Vânia Bambirra e Theotonio dos Santos, teve que esperar 43 anos para ter sua obra “Subdesenvolvimento e Revolução” publicada no Brasil, o que foi feito em 2012 pela editora catarinense Insular e passados já 15 anos de seu falecimento e dessa mesma obra ter sido publicada em vários idiomas. Ou seja, o silêncio e o ostracismo em torno de Ruy Mauro Marini, Alberto Guerreiro Ramos e outros se manteve mesmo após o término da ditadura civil-militar (o que contradiz certas abobrinhas que Maro Filósofo diz ao longo do vídeo). Além disso, se nas escolas e universidades pululam docentes de esquerda, o que dizer, por exemplo, dos reitores que geralmente são de classe dominante? Quanto à questão da importação desses modismos vindos da Europa e dos EUA, os atuais docentes universitários de esquerda não foram os primeiros a fazer isso: a universidade brasileira tem toda uma tradição daquilo que Nildo Ouriques chama de “figurino francês” que remonta à criação da USP em 1934 (que foi criada pela elite paulista vencida dois anos antes para criar um contraponto ao pensamento nacionalista varguista) e a influência cultural francesa nas elites brasileiras no século XIX e primeira metade do século XX.
Com a ditadura civil-militar de 1964, o modelo uspiano, caracterizado por seu cosmopolitismo, foi turbinado e se difundiu para todo o Brasil, ao mesmo tempo em que houve a extinção do carioca ISEB (Instituto Superior de Estudos Brasileiros) e a castração da UNB (Universidade de Brasília) sob os auspícios do campineiro Zeferino Vaz, e assim fazendo o centro da vida intelectual e cultural brasileira transferir-se do Rio de Janeiro para São Paulo. Ou seja, o que esses professores de esquerda fazem nada mais é que continuar essa tradição de figurino francês iniciada pela elite paulista quando criou a USP (que na ocasião em questão trouxe uma “missão francesa”, composta por figuras como Fernand Braudel[1], Roger Bastide, Jean Maugüé e Claude Lévi-Strauss). E essa esquerda universitária que padece do figurino francês e não discute a problemática da dependência é interessante ao sistema que ai está, já que não toca em suas mazelas. Em outras palavras, o miserável sistema universitário brasileiro é uma herança da mesma ditadura que ele mesmo defendeu em vídeos anteriores (sobre os quais tratamos nos artigos “As imprecisões de Maro Filósofo, parte 1 – A verdadeira história e o real caráter do regime civil-militar brasileiro [1964 – 1985]” e “As imprecisões de Maro, Filósofo, parte 2 – A verdadeira história e o real caráter do regime civil militar brasileiro [1964 – 1985], parte 2”). Essas questões e outras o professor catarinense Nildo Ouriques trata em seu livro “O colapso do figurino francês”. E a respeito da destruição de referências, e a Rede Globo e outros veículos da grande mídia privada, como ficam? O verdadeiro destruidor de referências não são esses professores de esquerda, e sim o capital.

Foto – Ruy Mauro Marini (1932 – 1997).
Já Paulo Ghiraldelli, por seu turno, disse que Karnal não fez uma reflexão sobre o tema, e sim sobre o que ele justamente condena ao ter uma opinião taxativa, que ele como historiador deveria colocar em um contexto histórico a proposta do Escola sem Partido e relatando ainda a existência de uma parcela significativa da população que acha que, por causa de uma herança positivista que remonta ao século retrasado, é possível construir conhecimento que pretende não ter direcionamento ideológico algum e que deveria haver um debate sobre o tema. Pelo visto, ele ignora que o problema está muito mais embaixo, para além do que é ensinado nas salas de aula. Muitos políticos reacionários (tanto de matiz ideológico socialdemocrata quanto de matiz neoconservador) são favoráveis a essa proposta, e obviamente possuem seus interesses particulares em sua implantação.
Os comentários de Roberto Requião sobre o Escola sem Partido também tiveram repercussão. O deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) disse na Câmara dos Deputados que as palavras do senador paranaense sobre o Escola sem Partido foram uma diarreia verbal, que ele atacou de forma esdrúxula quem pensa diferente dele, que Requião defende uma escola doutrinária e ao final o chamando de fascista. Alexandre Frota também respondeu aos comentários de Requião sobre o Escola sem Partido, que chamou Requião de corrupto, traiçoeiro, que só faz o que lhe interessa, que tem feito muito mal ao povo brasileiro e que deveria rever suas atitudes. Disse que o Escola sem Partido luta por uma escola livre escolha e de doutrinação marxista e que ele, Karnal e outros são uns canalhas.
Em comum todos eles acusam o projeto esquerdista de ser o responsável pela atual situação lastimável da educação brasileira, a ponto de tratar o professor (o qual independentemente de sua preferência ideológica muitas vezes é alienado pelo já mencionado sistema mundial de produção de conhecimento e que muitas vezes apenas conhece o básico sobre Marx) que eventualmente faz pregação de esquerda em sala de aula como um verdadeiro bode expiatório do problema. Mas e o sucateamento da educação nesses anos todos decorrente de fatores como a falta de investimentos na área (haja vista que o estado brasileiro hoje em dia destina quase metade de seu orçamento para pagar os juros e amortizações do serviço das dívidas interna e externa, no que apenas enche os bolsos de um punhado de rentistas ligados a esse negócio), como fica? E a privatização da educação que remonta ao período da ditadura e o acordo MEC/USAID (1968), inserindo-a em uma lógica de acumulação do capital em mãos privadas? A verborragia de gente como Marcel Van Hattem e Maro Filósofo não passam de subterfúgio e cortina de fumaça para justificar a implantação de uma cartilha ideológica de direita nas escolas, além de esconder as mazelas decorrentes da privatização do ensino. Eu mesmo, quando eu era estudante, tive alguns professores de esquerda, e mesmo assim todos eles ensinaram a mim e a meus colegas o que tinha que ser ensinado independentemente de suas preferências ideológicas. Quando tive aula de sociologia na faculdade, por exemplo, aprendi tanto sobre Durkheim, Comte e Weber quanto sobre Marx e Engels[2] (ao passo que só vim a ter conhecimento sobre Ruy Mauro Marini, Alberto Guerreiro Ramos e outros representantes do pensamento crítico latino-americano depois de pós-graduado. Em “O colapso do figurino do francês”, Nildo Ouriques relata que só conheceu a obra de Alberto Guerreiro Ramos muito tempo após sua pós-graduação).
Como mencionado no final da primeira parte, temos visto a importação de uma série de celeumas ideológicas vindos dos Estados Unidos para cá nos últimos anos. E o que aquilo que alguns chamam de apostilamento do conhecimento que o Escola sem Partido advoga é também uma delas. Segundo Nildo Ouriques em seu livro “O colapso do figurino francês”, isso é uma forma de desviar a atenção da problemática do subdesenvolvimento como tarefa intelectual de primeira grandeza. E algo que igualmente é interessantíssimo para a classe dominante nacional, que desde os tempos da ditadura civil-militar tem feito esforços para castrar e silenciar o pensamento crítico nas escolas brasileiras e assim ajudar a perpetuar seu status quo privilegiado ad eternum. Diga-se de passagem, políticos como o pesecista Jair Bolsonaro e seus filhos, o tucano Izalci Lucas Ferreira (que é empresário da área da educação e que no ano retrasado teve sua campanha eleitoral financiada por empresas do ramo educacional como a DeVry Educacional e a Rede Laureate, ligada ao maior conglomerado educacional do planeta, a Kroton/Anhangüera) e o pepebista Van Hattem nada mais são que representantes dessa classe.
E, segundo o artigo do Esquerda Diário “Quem lucra com o Escola sem Partido?”, publicado em 22 de junho de 2016, existe no Brasil uma disputa de interesses entre gigantes do mercado de material didático para ver quem vai vender seu conteúdo para as escolas e que a concorrência vai além do MEC. Um dos objetivos do Escola sem Partido seria justamente esse: garantir o lucro das empresas privadas do ramo. E quais são os bois? Um deles é o Grupo Abril, o mesmo de revistas como Veja, Caras, Exame, Capricho e outras, que atende com seus serviços a mais de 130 mil escolas e a cerca de 35 milhões de alunos em todos os estados da federação. A editoria dos Civita vende material escolar para sistemas de ensino como Anglo e Red Baloon e no ano passado, através de fusão com a editora Saraiva criou um truste no mercado educacional, o grupo Somos, que obteve receita líquida de mais de R$ 1 bilhão. Outro deles é o Objetivo, que fornece material didático para mais de 100 mil alunos em todo o Brasil. Outros bois incluem as já citadas DeVry Educacional e a Kroton/Anhangüera. Portanto, há um poderoso lobby educacional que a qual interessa não a criação de cidadãos que pensem a realidade de forma crítica, e sim na formação de uma massa alienada e abobada que nada mais é que um mero mercado consumidor de seus produtos. E o que é pior esses materiais serão vendidos no mercado como se fossem neutros e isentos de ideologia alguma. Sendo que em verdade carregarão consigo uma carga ideologia conservadora enrustida e favorável ao capitalismo que em momento alguma tocará nas mazelas do sistema. E isso nada mais é que dar continuidade à repressão ao pensamento crítico que a classe dominante nacional e seus sequazes (que nada mais são que os operadores dos esquemas desses grupos empresariais) fazem desde o golpe civil-militar de 1964. E o mais grave de tudo é que, diferente do que aconteceu há meio século, essa repressão ao que ainda resta de pensamento crítico nas escolas e universidades brasileiras terá todo um amparo judicial e legal para sua efetivação.

Foto – Meme sobre a hipocrisia de Marcel Van Hattem. Crédito: Anarcomiguxos V.
Fontes:
Alexandre Frota responde a Requião após ofensa – “Você sim é um filho da p. corrupto”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FLaQ1Zjx7WQ
“As raízes intelectuais do consórcio PTucano”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Cvi_Jxijcw8
Dep. Rogério Marinho cala a “diarreia mental” de Roberto Requião sobre projeto Escola sem Partido. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=PG9brWVrbb8
Escola sem Partido é coisa de filho da puta, diz Roberto Requião. Disponível em:
Escola sem Partido. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=z5sosoph1T4
Escola sem Partido – Leandro Karnal no Roda Viva. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=mA4ZWzF0m0s
“Escola sem Partido” – Os segredos por trás da nomenclatura. Disponível em: http://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/07/escola-sem-partido-os-segredos-por-tras-da-nomenclatura.html
Leandro Karnal e Escola sem Partido. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=zCtKJxIoX2E
Nildo Ouriques – A universidade brasileira e o atraso do Brasil. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=PQlENnkh5Rw
Ouriques, Nildo. O colapso do figurino francês: crítica às ciências sociais no Brasil. 3. ed. Florianópolis: Insular, 2015.
Quem lucra com o Escola sem Partido? Disponível em: http://www.esquerdadiario.com.br/spip.php?page=gacetilla-articulo&id_article=7191
Resposta ao professor Leandro Karnal sobre o Escola sem Partido – Marcel van Hattem. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=W66pmP5x1io
Roberto Requião – o neo-anticomunismo neo-conviente às velhas elites. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XtB-Txf-LcI
Roda Viva – Leandro Karnal (04/07/2016). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JmMDX42jOoE
O colapso do figurino francês. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=cJiK_1gtj3M


NOTAS:

[1] Leia-se “Brodel”, pois no francês a partícula au tem valor de o.
[2] Leia-se “Enguels”, pois no alemão, assim como em idiomas como o russo, o polonês, o servo-croata, o mongol e o japonês, o som da partícula g não muda em função da vogal seguinte tal qual nas línguas latinas e no inglês.

2 comentários:

  1. Descobri recentemente as palestras do professor Nildo Ouriques e do pessoal da IELA UFSC. São excelentes e monstram com bastante claresa a perda da identidade e do pensamento não só brasileiro como latino-americano. Tudo isto através deste "figurino frances" e da importação de ideologias dos grandes países capitalistas.

    Enquanto acusam a esquerda brasileira de copiar a esquerda a americana(Partido Democratas), esquecem que os neoconservadores liderados pelo Olavo de Carvalho está copiando o pensamento do Partido Republicano! Esqueceram de olhar para o próprio umbigo...

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    1. É uma macaquice sem tamanho isso. E o pior é que eu cheguei ao cúmulo de ver no You Tube um sujeito que se declara "Brazilian Republican", com direito ao elefante republicano colorido com as cores da bandeira brasileira.

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