terça-feira, 24 de maio de 2016

As imprecisões de Maro Filósofo, parte 2 - A verdadeira história e o real caráter do regime civil-militar (1964 - 1985), parte 2.


Foto – João Goulart ao lado de sua esposa, Maria Thereza, no comício da Central do Brasil.
No dia 21 de abril de 2016, Maro Filósofo postou mais um vídeo relativo ao período do regime civil-militar no Brasil, intitulado “Quem são os verdadeiros torturadores?”. Esse vídeo em questão foi postado no embalo da dedicatória feita por Bolsonaro ao Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra durante a votação do impeachment da presidente Dilma na Câmara dos Deputados. E, tal qual no vídeo analisado na primeira parte, é repetida a mesma análise tacanha e rasteira que resume o período a uma mera disputa de poder entre esquerda e direita, assim como uma série de lacunas, meias-verdades, mentiras e imprecisões a respeito do assunto em questão são ditas no decorrer dos 747 segundos do vídeo. E quais são elas?
Maro começa dizendo que a esquerda brasileira sofre com problemas de recalque, uma frustração histórica cujas raízes remontam ao golpe civil-militar de 1964 e repetindo a ladainha dita no vídeo anterior de que a esquerda queria dar o golpe e que o que os militares fizeram foi um contragolpe. Em seguida, fala sobre os grupos de luta armada que se organizaram em grupos guerrilheiros e se insurgiram contra o governo civil-militar estabelecido em Brasília (o qual, por seu turno, ele disse que veio para salvaguardar a democracia).  Mas o que falar dos militares que desde o ocaso do primeiro governo Vargas (1930 – 1945) vinham fazendo agitações golpistas e que antes de 1964 tentaram sem sucesso tomar o poder em 1954 (frustrada pelo suicídio de Vargas) e 1961 (frustrada pela Campanha da Legalidade liderada por Leonel Brizola)?
Ele disse também que a pálida democracia que hoje temos no Brasil se deve ao fato de que os militares reprimiram as ações desses grupos de esquerda, do contrário as terras tupiniquins teriam se transformado em uma Cuba continental. A primeira afirmação não é de toda errônea, ainda mais levando em consideração que a democracia hoje vigente no Brasil se apoia sobre o mesmo tripé de poder por trás do trono presidencial sobre o qual o regime militar se apoiava: latifúndio, poder econômico baseado na Avenida Paulista e capital multinacional. Como já dito na primeira parte, o que houve em 1985 foi apenas uma mudança de regime político e nada mais. Os militares saíram do poder, mas não os atores civis do golpe que desde 1964 passaram a mandar no Brasil por trás das cortinas do poder.
Por volta de 1:20, ele disse que João Goulart tinha a intenção de implantar o comunismo no Brasil e que a esquerda vive negando esse fato, pois a produção historiográfica brasileira tem um direcionamento ideológico esquerdista por ser feita por gente de esquerda e não de acordo com a verdade histórica (como se obras como “A Verdade Sufocada” do Coronel Brilhante Ustra também não tenham seu direcionamento ideológico, só que com sinal invertido). Entretanto, segundo o youtuber direitista, essas visões de esquerda vêm sendo destruídas devido ao fato de o povo brasileiro estar vendo nos políticos que hoje estão em Brasília a verdadeira face da esquerda.
Primeiramente deve-se dizer que João Goulart almejava, em realidade, implantar as reformas de base, sobre as quais já falamos na primeira parte e que incluíam uma série de pautas até hoje muito necessárias ao país, entre elas a reforma agrária, o controle da emissão dos lucros das multinacionais aqui estabelecidas, reforma urbana e outras. Caso essas reformas fossem levadas adiante, os privilégios da classe dominante nacional e seus sócios estrangeiros aqui estabelecidos iriam cair como um castelo de cartas. E essas, as quais tinham (e até hoje tem) o poder midiático em suas mãos e se valendo de think thanks como o IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática) e o IPES (Instituo de Pesquisas e Estudos Sociais), criaram todo um clima de histeria coletiva (onde Jango era taxado de comunista e que ele queria transformar o Brasil em uma nova Cuba) que no fim acabou levando ao golpe de 1964. Na contramão do que Jango estava fazendo na década de 1960, Lula, Dilma e companhia limitada nesses anos todos em momento algum mexeram com os privilégios dessa mesma classe dominante, e isso, junto com a conjuntura econômica internacional favorável, explica as águas mansas dos governos petistas. E, falando em Cuba, há de se ressaltar que a própria Revolução de 1959 que derrubou o regime de Fulgencio[1] Batista inicialmente não intentava implantar um regime de orientação marxista na ilha caribenha. Tinha uma orientação mais nacionalista e reformista, tal qual o governo João Goulart aqui no Brasil. Entretanto, a hostilidade e o boicote econômico dos Estados Unidos contra Cuba fez Fidel Castro se alinhar ao bloco soviético.
Segundo, que esquerda é essa que esse tempo todo governou muito mais para os banqueiros (que nos governos Lula e Dilma tiveram lucros estratosféricos), os barões do agronegócio (vulgo latifundiários) e os empresários da Avenida Paulista que para os camponeses destituídos de terra, os retirantes do sertão nordestino e/ou os moradores das favelas do Rio de Janeiro? Essa questão da corrupção que periodicamente aparece no noticiário é irrelevante para nós (não que não tenha que ser combatida. Pelo contrário). Muito mais relevante é o fato de que o PT, em nome da governabilidade, deixou de fazer nesse todo tempo coisas como, por exemplo, reforma agrária, regulação da mídia, auditoria da dívida pública, diminuição da taxa de juros, reversão da privataria[2] dos anos Collor e FHC e outras tantas pautas (muitas das quais defendidas pelos próprios petistas antes de assumirem o poder). Pode ter certeza que caso Lula, ao invés de ter feito a política de conciliação de classes que fez ao longo de seu governo (política essa que, ante a atual crise econômica mundial, a classe dominante nacional não quer mais saber), resolvesse desde o início tirar da gaveta as reformas de base de Jango e adotado uma política de enfrentamento com o andar de cima já teria tido clima para tirá-lo do poder através de agitação golpista desde os primeiros dias de seu governo.
E terceiro, que resistência essa esquerda pode oferecer a essa onda de reabilitação do regime civil-militar brasileiro promovida por gente como Jair Bolsonaro e Marco Antônio Villa (o mesmo Villa que na mídia de massa é um dos que vociferam a favor do impeachment de Dilma) só batendo na tecla dos torturados e mortos do período e postando fotos de vítimas da repressão em redes sociais como o Facebook e sem tocar na ferida do papel da classe dominante e do capital multinacional aqui estabelecido, assim como a questão da Guerra Fria e o temor dos Estados Unidos de que o exemplo cubano alastrasse para outras partes da América Latina, ainda mais em um país de importância estratégica para Washington, assim como do fato de que Jango com as reformas de base estava fazendo algo que nem mesmo Lula ousou fazer em seus anos de governo (e isso a despeito de sua altíssima popularidade entre a população brasileira)? Com esse discurso tacanho e moralista que não toca na ferida do problema nenhuma resistência efetiva poderá oferecer. É a mesma coisa que condenar a agitação golpista contra Dilma Rousseff sem falar de suas conexões internacionais.
Por volta de 2:30, ele fala que Ustra dizia que a esquerda ainda em 1961 mandava militantes para países como Cuba, União Soviética e China para fazerem treinamento de guerrilha. Grande coisa esses militantes de esquerda em questão fazerem treinamento de guerrilha nos citados países. O que dizer, por exemplo, dos militares de direita que iam aos Estados Unidos fazer treinamentos anti-guerrilha e cursos de tortura na Escola das Américas (hoje Western Hemisphere Institute for Security Cooperation[3])? Inúmeros ditadores e militares golpistas latino-americanos por lá passaram, muitos dos quais condenados por crimes contra a humanidade. Segundo informações da Wikipédia em espanhol, mais de 60 mil militares e policiais de ao redor de 23 países latino-americanos lá se graduaram, entre eles muitos nomes famosos como os argentinos Leopoldo Galtieri e Jorge Rafael Videla, o atual presidente peruano Ollanta Humala, o boliviano Hugo Banzer, os chilenos Miguel Krassnoff e Manuel Contreras (falecido no ano passado) e o panamenho Manuel Noriega.
Mais adiante, por volta de 4:05, ele afirma que Dilma, José Genoíno, José Dirceu e companhia limitada na época em questão não lutavam para que aqui no Brasil se implantasse uma democracia aos moldes ocidentais (ou como ele mesmo diz, pela liberdade), e sim pela implantação de um regime similar ao soviético ou ao cubano (como ele mesmo diz, um regime totalitário e autoritário), e que são eles que chamam de torturadores qualquer um que pense de forma diferente a deles. No meu entendimento, essa questão é irrelevante, ainda mais levando em consideração que a democracia hoje vigente no Ocidente é, a despeito de sua aparência, uma ditadura, só que do poder econômico, o qual manda na política dos países por trás das cortinas do poder e utilizando os políticos como um biombo para esconder seu poder perante a população, se escondendo através de dicotomias (que muitas vezes discordam sobre questões menores, mas que estão de acordo no essencial) como PT e PSDB no Brasil, Democratas e Republicanos nos Estados Unidos, Partido Social Democrata (partido do ex-premiê Gerhard Schroeder) e Democracia Cristã (partido do ex-premiê Helmut Kohl e da atual premiê Angela[4] Merkel) na Alemanha, Movimento por uma União Popular (partido dos ex-presidentes Jacques Chirac e Nicolas Sarkozy) e Partido Socialista (partido do atual presidente François[5] Hollande) na França e Conservadores (partido do ex-premiê John Major e do atual premiê David Cameron) e Trabalhistas (partido dos ex-premiês Tony Blair e Gordon Brown) na Inglaterra. E uma ditadura, diga-se de passagem, ainda mais insidiosa e perniciosa, pois não se assume enquanto tal e que engana o povo através de toda uma fraseologia que não corresponde à realidade. Quer dizer, em um país como os Estados Unidos, a Inglaterra ou a França sucessivos governos de diferentes partidos se sucedem no poder, mas os que mandam por trás das cortinas são os mesmos de sempre. Esse tipo de democracia o finado escritor português José Saramago classificou em um discurso proferido em 2008 como “sequestrada, condicionada e amputada”. Sequestrada, condicionada e amputada para atender aos interesses daqueles que estão na copa de Yggdrasil[6] do poder do atual sistema vigente no mundo.

Foto – A verdadeira pirâmide de poder no mundo capitalista em que vivemos.
Por volta de 5:20, refere-se ao fato do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (comandante do DOI-CODI entre 1970 a 1974) ser pintado pela esquerda como torturador e como se fosse “a pior pessoa que já pisou no território brasileiro” e se pergunta se ele é o monstro que a esquerda dele pinta e diz que Bolsonaro é pintado da pior forma possível por ser favorável ao regime civil-militar e defender pessoas como o Coronel Brilhante Ustra (cuja obra, “Verdade Sufocada”, teve sua procura enormemente aumentada depois do polêmico pronunciamento de Bolsonaro). Maro diz que Ustra era uma pessoa que combatia o crime na época e que é hora de se fazer justiça à história brasileira. Ou seja, de se revisar a história do período da história brasileira que vai de 1964 a 1985. Essa sua fala, pelo que ela subentende, nos sugere que ele ignora a existência de obras como “O Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”, de Leandro Narloch, e “Ditadura à Brasileira”, de Marco Antônio Villa, que promovem todo um revisionismo em cima do período do regime civil-militar brasileiro.
Por volta de 7:30, ele fala dos crimes e atos terroristas da esquerda armada da época, tais como sequestros, assassinatos, atentados a bomba e assaltos a bancos. Ações essas que ele diz que a esquerda varre para debaixo do tapete. Pelo visto ele desconhece o fato de que na época a direita também aprontou das suas, a exemplo do atentado a bomba do Riocentro, ocorrido em 30 de abril de 1981, onde se realizava o show comemorativo do Dia do Trabalhador. Esse atentado, ao qual inicialmente foi atribuído a grupos de esquerda, foi uma tentativa de setores mais radicais do governo de convencer os setores mais moderados do governo de que era preciso um novo endurecimento do regime, de modo a paralisar a lenta abertura política que estava em andamento. Ou seja, tratou-se de uma operação de falsa bandeira. E isso para não falar que os militares tinham a seu favor todo o aparato de repressão estatal.
E diz que a esquerda não quer fazer um debate frente a frente com os militares para apresentar a verdade dos fatos sobre o período militar pelo fato de querer apresentar apenas a sua versão, e não a verdade dos fatos (como se os militares também não tivessem a sua versão dos fatos em questão, que certamente é conflitante com a versão dos esquerdistas). Isso é algo irrelevante e que em realidade serve a um único propósito: esconder da população o papel da classe dominante que até hoje manda no país em nome do capital multinacional e de suas conexões internacionais. De nada adiantará punir torturador e/ou guerrilheiro na Comissão da Verdade sem que sejam punidos também os sócios civis dos militares, os quais não raro financiavam seções de tortura e operações de combate a grupos da esquerda armada, como foi o caso da OBAN (Operação Bandeirante), que teve entre seus financiadores o Grupo Ultra, a Ford, GM, Camargo Corrêa, Objetivo, Folha, Amador Aguiar (fundador do grupo Bradesco), entre outros.
Por volta de 10:10, ele diz que Bolsonaro paga o preço por sua sinceridade e por não esconder seus pensamentos. O que Bolsonaro fez recentemente com a homenagem ao coronel Ustra em plena seção da Câmara dos Deputados foi algo bem similar (para não dizer idêntico) ao que foi feito no Chile em novembro de 2011 quando o então prefeito da cidade de Providencia, Cristián Labbé[7], fez uma homenagem a um notório torturador da ditadura chilena, Miguel Krassnoff Martchenko, que foi condenado a 144 anos de prisão devido a seus crimes durante a era Pinochet (1973 – 1990). Como resposta, a homenagem feita a Krassnoff gerou uma grande manifestação de repúdio (chamada no Chile de funa) da parte dos detratores de Krassnoff, Labbé e companhia limitada. O fato é que, para muita gente, Ustra (tal como ocorre com Krassnoff no Chile e tantos outros personagens ligados aos regimes militares latino-americanos) é uma pessoa vista de forma muito negativa por parte significativa da sociedade brasileira devido a seu passado de torturas. Óbvio que isso iria causar essa reação toda. Tanto é que Nando Moura, mesmo sendo favorável ao político carioca, disse que ele cometeu um erro político que pode causar muitos danos à sua imagem pública e prejudicar sua candidatura à presidência da República em 2018 ao fazer essa dedicatória ao Coronel Ustra em plena Câmara dos Deputados.

Foto – Miguel Krassnoff Martchenko (1946).
A respeito do caso da homenagem a Krassnoff, o repórter chileno Nibaldo Mosciatti mencionou que há a sensação entre militares processados e condenados por violações aos direitos humanos de que personagens do mundo civil (os quais se beneficiaram e fizeram fortuna graças às atividades de Krassnoff, Contreras e outros e que após a redemocratização do Chile em 1990 se tornaram importantes empresários e políticos) usaram os fardados para alcançar poder e prestígio e se queixa que os segundos estão pagando o pato. Ou seja, sendo os bodes expiatórios, os bois de piranha[8], da história. O mesmo certamente pode ser dito a respeito de Ustra, Paulo Malhães e os demais torturadores da ditadura brasileira. Até porque do que adianta punir o Ustra sem que se puna também os empresários da FIESP (a mesma FIESP que mais recentemente pedia o impeachment da Dilma e que nos torrou a paciência com seus patos amarelos e seu slogan “não vamos pagar o pato”)? Ou no Chile punir o Krassnoff, o Labbé e o Contreras sem que se puna também uma figura como Agustín Edwards (dono do oligopólio midiático El Mercurio, o equivalente chileno da Rede Globo, que apoiou o golpe de 1973 e o regime de Pinochet)? Verdade seja dita: no Brasil, no Chile e nos demais países latino-americanos onde houve golpes civil-militares, os militares foram instrumentos nas mãos das classes dominantes, da mesma forma com que hoje no Brasil o juiz Moro e a República de Curitiba são os cavalinhos de guerra da mesma classe dominante em seu jogo de poder (e por extensão de seus sócios estrangeiros) e os juízes e parlamentares que levaram à destituição de Manuel Zelaya em Honduras e de Fernando Lugo no Paraguai.
Por volta de 10:30, ele se pergunta quem são os verdadeiros torturadores do Brasil: os militares, as forças armadas, Bolsonaro e os conservadores brasileiros de um lado, ou a esquerda (por supostamente manter e fornecer bilhões a regimes como Cuba e Venezuela, países os quais ele acusa de torturarem todo aquele que não concorda com seus respectivos governantes). Os verdadeiros torturadores do Brasil em realidade é sua classe dominante, que desde os tempos coloniais sempre foi sócia (para não dizer testa-de-ferro) do capital multinacional aqui estabelecido e sempre, em nome de seus negócios com o exterior, prefere entregar o país aos estrangeiros que adotar um projeto nacionalista. E essa mesma classe dominante foi o poder por trás do trono tanto dos militares no período de 1964 a 1985 quanto do petucanato[9] nos dias de hoje serve.

Foto – Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra (1932 – 2015).

Fontes:
“As raízes intelectuais do consórcio PTucano”. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Cvi_Jxijcw8
Análisis de Nibaldo Mosciatti sobre homenaje a Krassnoff (em espanhol). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=lt3FqmP72wo
Atentado do Riocentro. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Atentado_do_Riocentro
Boi de piranha. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Boi_de_piranha
Brasil: crise financeira ou fiscal? Disponível em:
Coluna do Professor Tim sobre o petucanismo – Timtim por TimTim. Disponível em:
Darcy Ribeiro, sobre a elite brasileira. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=SX5O-IAyO38
Funa y Destrucción en Club Providencia por Homenaje a Krassnoff (em espanhol). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=eIbC5kyDBOM
Homenagem a ex-repressor da ditadura provoca indignação no Chile. Disponível em: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/18015/homenagem+a+ex-repressor+da+ditadura+provoca+indignacao+no+chile.shtml
Golpe de 64, o golpe contra o último legado getulista. Disponível em: http://lntbrasil.blogspot.com.br/2016/01/golpe-de-64-o-golpe-contra-o-ultimo.html
Instituto del Hemisferio Occidental para la Cooperación en Seguridad (em español). Disponível em: https://es.wikipedia.org/wiki/Instituto_del_Hemisferio_Occidental_para_la_Cooperaci%C3%B3n_en_Seguridad
José Saramago – “onde está, então, a democracia?” Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LbsV_rP6zY0
Modelo petucano. Disponível em:
O Enguiço das ciências sociais – Gilberto Felisberto Vasconcellos. Disponível em:
O voto do Bolsonaro. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=DnOioaZp8sI
Operação Bandeirante. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Bandeirante
Privatización y Privatería (em espanhol). Disponível em:
Quem são os verdadeiros torturadores? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=iO4wdRC1oDQ


NOTAS:


[1] Leia-se “Fulrrensio”, pois no espanhol a partícula j e o g quando sucedido por e ou i tem o mesmo valor do h no inglês, do ch no alemão e no polonês e do kh no russo, no árabe, no farsi e no mongol: r aspirado.
[2] O termo privataria é um neologismo que une as palavras privatização e pirataria. Foi criado pelo jornalista brasileiro Hélio Gaspari e popularizado pelo também jornalista Amaury Ribeiro (autor do livro “A Privataria Tucana”, sobre as falcatruas do processo de privatização no Brasil durante o governo Fernando Henrique Cardoso [1995 – 2002]).
[3] Instituto de Cooperação de Segurança do Hemisfério Ocidental, na sigla em inglês.
[4] Leia-se “Anguela”, pois no alemão, tal como em idiomas como o russo, o mongol, o polonês e o japonês, o som da partícula g não muda em função da vogal seguinte tal como nas línguas latinas e no inglês.
[5] Leia-se “Fransuá”, pois no francês a partícula ois tem valor de uá.
[6] A árvore do mundo que liga os nove mundos da mitologia nórdico-germânica (Heilheim, Niflheim, Alfheim, Jotunheim [leia-se “Iotunrraim”], Muspelheim, Svartalfheim, Midgard, Vanaheim e Asgard).
[7] Leia-se “Labbê”, pois no espanhol, assim como no francês, a partícula é se pronuncia da mesma forma que o ê no português.
[8] Termo utilizado no interior do Brasil, para designar um expediente utilizado pelos criadores de gado ao atravessar um rio, onde um boi velho e/ou doente era sacrificado às piranhas para que o resto da manada atravessasse o rio incólume.
[9] Petucanato/Petucanismo é um termo cunhado por Gilberto Felisberto Vasconcellos (e depois utilizado por outros como Nildo Ouriques e Adriano Benayon) para se referir a situação política que o Brasil vive desde 1995 com a alternância de poder entre o PT e o PSDB, dois partidos de programa de governo praticamente igual baseados no modelo neoliberal (incluindo privatizações, terceirização e precarização do Estado), com a diferença que o PT têm um política um pouco mais direcionada para o lado social que o PSDB.

2 comentários:

  1. Esse texto, junto com o anterior, é um dos melhores que já li sobre o assunto. Só tem um problema, que é ser uma resposta a um conteúdo prévio, sendo então conduzido pela linha argumentativa de Maro Filósofo por meio da refutação.

    Penso que ele poderia ser autossuficiente, talvez ambos reunidos num único sem dialogar com material externo específico e sim, talvez, como uma espécie de FAQ sobre temas relevantes da Ditadura.

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  2. Se ele voltar a abordar esse tema, farei esse FAQ que você sugere.

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