quarta-feira, 6 de abril de 2016

As imprecisões de Nando Moura, parte 2 - A Europa e o Islã, Políticos e Banqueiros.


Foto – “Estes cavalheiros são os equivalentes morais dos pais fundadores da América”. Assim Ronald Reagan descreveu os mujahedins[1] afegãos com os quais se encontrou na Casa Branca em 1985.

No dia 8 de janeiro de 2016, Nando Moura em seu canal no You Tube postou um vídeo intitulado “Charlie Hebdo é o meu ovo!”. Nesse vídeo, o vocalista e guitarrista da banda Pandora 101 fala que a civilização europeia se encontra perante a ameaça do Islã e sua cultura, religião e filosofia, em decorrência das levas de refugiados vindos do Oriente Médio e do Norte da África para o Velho Continente e que muitos problemas têm causado à população nativa. Mais recentemente, no dia 22 de março, ele postou o vídeo “OBAMA: Atentado na Bélgica, embargo em Cuba!”, onde retoma esse mesmo discurso e chega a dizer que, em seu âmago, o Islã é uma religião violenta e a culpar Barack Obama por essa situação pelo fato do presidente americano, entre outras coisas, ter retirado as tropas do Iraque e que os republicanos teriam alertado que caso as tropas fossem retiradas do Iraque haveria um vácuo de poder que fatalmente seria ocupado por grupos de radicais islâmicos (vácuo esse que os mesmos republicanos, sob a condução de Bush filho, criaram em 2003 ao derrubar Saddam Hussein do poder e do qual o ISIS tirou proveito). Ao fim desse vídeo, Nando diz que essa situação de caos e instabilidade que flagela o Oriente Médio está ligada de forma umbilical a “desgraça que o Obama é” (como ele mesmo diz).
Quando toca nessa questão no vídeo citado e em outros, fica evidente que ele digere o discurso de “choque de civilizações” de Samuel Huntington (o qual afirmava que o Islã era o verdadeiro problema e inimigo estratégico do mundo ocidental e que esse conflito se dava por uma suposta oposição entre democracia e teocracia, secularismo e religiosidade) e que a direita raivosa brasileira de matiz neoconservadora igualmente engole, chegando ao ponto de tratar o Islã e a Europa como se fossem dois blocos monolíticos que não possuem suas divisões e rivalidades internas e sem levar em consideração as complexas relações entre as diferentes nações dos dois blocos geográficos e culturais.
Suas falas sobre o Islã também nos induzem a achar que a religião fundada pelo profeta Maomé no século VII é sinônimo de wahabismo e salafismo (correntes político-ideológicas advogadas por grupos como o Estado Islâmico e a Al Qaeda). Tratar o Islã como sinônimo de wahabismo e salafismo é a mesmíssima coisa que tratar o Cristianismo como sinônimo de Opus Dei ou Igreja Universal do Reino do Deus ou o Budismo como sinônimo de Aum Shinrikyo (a seita que perpetrou o ataque de gás Sarin contra o Metrô de Tóquio em 1995). Da mesma forma, também dá a impressão de que no Mundo Muçulmano só existem regimes como os da Arábia Saudita e as demais monarquias do Golfo Pérsico. Regimes esses cuja lei civil é pautada pela Shariah e onde, de fato, existe uma feroz perseguição a todo aquele que não é muçulmano sunita (o que, por sua vez, não existe em países como o Irã e a Síria e que não existia no Iraque durante a era Saddam [no próprio governo Saddam, diga-se de passagem, houve cristãos que atingiram altos cargos em seu governo, como foi o caso do recentemente finado Tariq Aziz, que foi ministro das relações exteriores do Iraque durante muitos anos] e na Líbia durante a era Kadaffi). A mesma Arábia Saudita que em janeiro condenou à morte o clérigo xiita Nimr al-Nimr junto com outras 47 pessoas por acusações de terrorismo. Além disso, essas monarquias estão entre os principais aliados de países como EUA e França na região.
Do mesmo modo que em outras questões, ele e outros representantes dessa direita também apenas atacam a marionete que está a nossa vista, mas não o manipulador da marionete que se esconde por trás das cortinas. Nessa questão específica do espúrio relacionamento entre Ocidente e terror wahhabita, apenas é atacado o terrorista wahhabita que eventualmente faz um ou outro atentado em alguma grande metrópole na Europa ou na América do Norte (como por exemplo, os irmãos Saïd e Chérif Kouachi, os perpetradores do atentado ao Charlie Hebdo), mas fecha os olhos para os apoiadores ocidentais do terror wahhabita, a exemplo do judeu sionista francês Bernard-Henri Lévy, o qual esteve do lado dessa gente nos conflitos na Bósnia, em Kosovo, na Líbia e na Síria.


Foto – Bernard-Henri Lévy junto com mercenários anti-Kadaffi na Líbia.

O que Nando Moura não vê é que o mesmo Ocidente (que ele diz estar sob a ameaça islâmica em seu próprio solo) durante muitos anos tem mantido relações espúrias com esses elementos. Relações essas que remontam desde no mínimo a década de 1950 com o apoio ocidental à Irmandade Islâmica no Egito contra Nasser e mais recentemente o apoio aos mujaheddins afegãos durante o período da ocupação soviética no Afeganistão (1979 – 1989). Desse núcleo, nasceu Osama Bin Laden e a Al Qaeda. Na década de 1990 houve ainda apoio ocidental ao separatismo bósnio e kosovar contra a ex-Iugoslávia e ao separatismo checheno contra a Rússia. Todos esses movimentos tinham uma forte componente de matiz wahhabita-salafista (ideologia essa que historicamente sempre foi a ponta de lança dos interesses ocidentais no Mundo Islâmico).
A partir de 2001, em decorrência das seguidas invasões dos Estados Unidos e da OTAN aos vários países do Mundo Islâmico, assim como a Primavera Árabe a partir de 2011, governos como o de Saddam Hussein no Iraque em 2003 e de Muammar al-Kadaffi na Líbia em 2011 foram derrubados, além da tentativa de se derrubar Bashar al-Assad na Síria que se arrasta desde 2011. Esses governos no plano ideológico nada têm haver com o wahabismo propagado pelo sub-imperialismo[2] exercido pela Arábia Saudita e as demais monarquias do Golfo Pérsico e que dentro do próprio Mundo Islâmico exerciam um papel estabilizador. Derrubá-los foi como destruir uma colmeia cheia de abelhas, ou na mitologia grega Pandora abrir a caixa que continha os males do mundo. Uma vez desmantelado o poder até então estabelecido nesses países e seus antigos governantes depostos e/ou mortos, uma situação de caos e anarquia se seguiu sobre países como a Líbia e o Iraque e desde então ambos os países tem sido exportadores de terrorismo para outras partes do mundo. Muitos deles (para não dizer todos) apoiados e financiados pela empresa norte-americana Academi (antiga Black Water). O próprio Estado Islâmico, diga-se de passagem, recebeu treinamento dessa empresa privada.


Foto – John McCain, senador norte-americano pelo Arizona e candidato republicano derrotado por Barack Obama em 2008, ao lado de membros do Estado Islâmico na Síria.

No mês de janeiro, em várias partes do Velho Continente incluindo a Alemanha (como por exemplo, em Colônia durante a noite de réveillon onde muitos desses elementos atacaram e violentaram sexualmente as mulheres presentes, assim como em Stuttgart e Hamburgo), ocorreram ondas de estupros perpetrados por imigrantes que, de acordo com os testemunhos, tinham procedência arábica ou africana. Certamente muitos deles (para não dizer todos) pessoas favoráveis ao Estado Islâmico e outros grupos wahhabitas que entraram na Europa se passando por refugiados da guerra civil síria. Inúmeros protestos de mulheres contra essa onda de estupros aconteceram em várias partes da Europa (Colônia sendo um exemplo). O problema foi tamanho que a premiê alemã Angela[3] Merkel, inicialmente favorável aos refugiados, anunciou duras punições a refugiados que vierem a cometer crimes em solo germânico. Se nada for feito contra situações como essas, nós veremos daqui um tempo a Europa ter o mesmo destino que o Kosovo sérvio teve a partir de 1999, com a população de cidades do centro da Europa como Paris, Nice, Marselha, Amsterdã, Berlim, Munique, Madrid, Barcelona, Turim, Milão, Roma, Udine, Genova, Veneza, Viena, Salzburg, Praga, Bruxelas, Valência, Lisboa, Lyon, Estrasburgo, Hannover, Bratislava e outras tantas sofrendo as mesmas intimidações e chacinas que outrora sofreram os sérvios de Kosovo nas mãos do Exército de Libertação de Kosovo e os russos do Cáucaso nas mãos de grupos wahhabitas como o Emirado do Cáucaso.
E, se todos esses imigrantes estão entrando em massa na Europa, alguém os traz ou os permite entrar a ponto de fazer lobby na política para isso. E quem traz esses imigrantes famélicos e desesperados para a Europa, os quais muitas vezes aceitam trabalhar sob salários de fome e uma carga horária maior que a do trabalhador nativo? O patronato europeu, que os utiliza como mão-de-obra barata para trabalhar em suas indústrias e como exército industrial de reserva contra eventuais movimentos grevistas que reivindiquem melhores salários e melhores condições de trabalho. Dessa forma, gerando também divisões dentro da classe trabalhadora entre o trabalhador nativo e o imigrante. Sendo que os dois, nessa brincadeira toda, são perdedores, como Alain[4] Soral aponta em um de seus vídeos. Os únicos vencedores são os patrões que os exploram e ainda estimulam um clima de competição entre os dois lados de forma a perpetuar seu status quo ad eternum. E o pior de tudo é que quem paga o ônus disso não são as elites econômicas que trazem os imigrantes para a Europa e os empregam em suas indústrias, e sim o povo mais humilde que tem que lidar com eventuais intimidações perpetradas por esses elementos nas ruas. Resumindo a ópera, essa situação em que a Europa se encontra não é apenas culpa dos muçulmanos (os quais possuem uma taxa de natalidade mais alta que os europeus nativos) que lá estão. As elites político-econômicas europeias também têm sua parcela de culpa, quer seja destruindo os países do Mundo Islâmico através de invasões militares, através da exploração econômica sobre os países da periferia capitalista e através do incentivo à imigração de fora que cedo ou tarde cobrará o seu preço. Sem resolver esses problemas todos, incidentes como os que recentemente tiveram lugar em Colônia, Stuttgart e Hamburgo voltarão a flagelar a Europa periodicamente e dificilmente o processo de kosovização da Europa será revertido. E como é de praxe da parte dessa direita, na questão imigratória não é nem um pouco diferente. Eles atacam o imigrante que mora em um gueto ou em um bairro periférico de uma cidade metropolitana da Europa ou da América do Norte, mas não fazem o mesmo com o industrial o que o emprega em suas fábricas e o usa como exército industrial de reserva e/ou o político que permite que eles entrem no país em questão.


Foto – Tio Sam: “Vejo que se aproxima minha próxima guerra”. União Européia: “Vejo um quilombo infernal...”. Industrial europeu: “Vejo mão de obra muito barata”. O comportamento do Ocidente diante dos refugiados vindos do Norte da África e do Oriente Médio. Por Latuff.

No tocante ao Charlie Hebdo, ele mostra a caricatura desse pasquim que estava à beira da falência pouco antes do ataque de falsa bandeira que teve lugar no ano passado e que foi publicado na época do primeiro aniversário do atentado, onde o Deus cristão é mostrado com uma arma similar a um fuzil amarrado a uma corda em suas costas, as mãos cheias de sangue, trajando uma túnica que cobre praticamente o corpo inteiro e um triângulo representando a Trindade cristã acima de sua cabeça. O título dessa caricatura é “1 an après – L’Assassin court toujours” (em português “Um ano depois – O assassino curto de sempre”). Nando Moura alega que é muito mais fácil zombar do que ele chama de deus do perdão, mas um pouco mais difícil de fazer o mesmo com que ele chama de deus da vingança. Pelo visto, ele mal sabe que o mesmo pasquim de quinta categoria para baixo, ao longo de sua história, fez a mesma coisa muitas vezes com os muçulmanos e seu sistema de crenças, com charges (como por exemplo, uma charge do profeta Maomé nu com uma estrela de cinco pontas em seu traseiro e outro de Maomé também nu sendo filmado por um diretor de cinema) tão nojentas quanto às charges feitas contra os cristãos e suas crenças. Isso ao ponto do cartunista Latuff, notório por sua simpatia à causa palestina, ter dito que jamais trabalharia no Charlie Hebdo.
Em outro vídeo mais recente, intitulado “IPVA+IPTU – Para onde eles vão?”, publicado no dia 9 de janeiro de 2016, ele fala a respeito da alta carga de impostos que é cobrada sobre o contribuinte brasileiro e o destino dessa dinheirama toda. Ele falou de várias coisas no vídeo, mostrou estradas e um lago em um péssimo estado de conservação de Embu das Artes, assim como se mostrou indignado pelo que é feito com o dinheiro do IPTU e do IPVA e dizendo que não falta dinheiro para os políticos fazerem suas propagandas, mas falta para as obras de infra-estrutura. Entretanto, ele não falou do mais importante dessa questão. Mais uma vez, ele não toca na verdadeira ferida do problema. E qual é o x dessa questão, que a grande mídia vive ocultando da população (ou como Enéas em vida a chamava, “imprensa podre”)?


Foto – Corrupção no Brasil, segundo o que a direita acéfala brasileira pensa.

Diferente do que ele e muitos pensam e como o noticiário faz crer (com o povão invariavelmente comendo essas mentiras e meias-verdades), não são os políticos que ficam com a parte do leão dos impostos, no máximo ganham uma comissão com isso e ainda por cima carregam o ônus da culpa ante a população quando algum escândalo de corrupção estoura. Quem fica com a parte do leão do dinheiro dos impostos são banqueiros, agiotas e especuladores (entre eles capital agrário, capital comercial, fundos de pensão e outros sócios menores do capital bancário) através do pagamento das altas taxas juros com que se pagam o serviço das dívidas interna e externa (e os quais, por sua vez, especulam em cima dos títulos dessas mesmas dívidas). Problema que o falecido Enéas abordou em vida, tal qual o finado Plínio de Arruda de Sampaio na campanha presidencial de 2010 e Luciana Genro, Eduardo Jorge e Levy Fidélix na campanha presidencial de 2014.
As “perdas internacionais” (como o também finado Brizola chamava esse flagelo secular do Brasil) são a verdadeira causa da falta de recursos para investimentos maciços em educação, saúde, transportes, habitação, forças armadas, infra-estrutura e outros tantos, e não gastos com funcionários públicos como muitos acham. Os gastos do Bolsa Banqueiro consomem todo ano entre 40 a 50% do orçamento da União. Enquanto isso, o Bolsa Família que a direita raivosa tanto olha como “fábrica de vagabundos”, “esmola” e adjetivações similares consome apenas 0,47% do mesmo orçamento (ou seja, apenas um ducentésimo. A mesma coisa que gastar apenas R$ 0,05 de R$ 10,00). Em outras palavras, situações como a que foi mostrada no vídeo em questão tem relação umbilical com as perdas internacionais.


Foto – Gastos do Governo Brasileiro, 2014.

E, verdade seja dita, escândalos de corrupção como o mensalão e o petrolão são coisa de criança se comparados ao que o país sofre todo ano com as perdas internacionais, com os primeiros servindo de cortina de fumaça para esconder o segundo diante da população na grande mídia (que por sua vez tem os bancos entre seus grandes patrocinadores e anunciantes), que é a verdadeira corrupção que sangra e causa a miséria da sociedade brasileira e mundial (haja vista que esse sistema possui atuação global, como os recentes atritos da Argentina com os fundos abutres, a recente crise grega com a Troika[5] e a auditoria da dívida grega decorrente mostraram), ao mesmo tempo em que gera bonança para uma elite numericamente bem restrita. Corrupção essa que consiste em um grande esquema de desvio do dinheiro dos impostos do contribuinte para o bolso de uma elite rentista que nada produz, trata um país como o Brasil como seu balcão de negócios particular e que manda por trás das cortinas por meio de seu poder econômico, estando na hierarquia de poder de uma nação acima até mesmo dos governantes formais de um país e ditando as políticas sociais e econômicas de um país independente da ideologia do partido que esteja no poder.


Foto – Corrupção no atacado no Brasil, como realmente é.

Fontes:

“A dívida pública é um mega-esquema de corrupção institucionalizado”. Disponível em:
Alain Soral – a verdade sobre a imigração. Disponível em:
Ataques a dezenas de mulheres na noite do réveillon choca a Alemanha. Disponível em:
Ataques sexuais em série no Réveillon geram medo e revolta na Alemanha. Disponível em:
Bernard Henry Levy – portrait of a islamofascist (em inglês). Disponível em: https://theremustbejustice.wordpress.com/2014/05/30/bernard-henry-levy-portrait-of-an-islamofascist-jew/
Charlie Hebdo é o meu ovo! Disponível em:
Charlie Hebdo: la une “1 an après’’ (em francês). Disponível em :
Conferência Estadual dos Bancários 2012. Disponível em:
Dr. Enéas – Momento de Reflexão – Juros da dívida. Disponível em:
Especial PRONA – Doutor Enéas – Parte 5/8. Disponível em:
Governo alemão defende refugiados após onda de ataques. Disponível em:
IPVA+IPTU – Para onde eles vão? Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rr4Bd5snnic
“Não trabalharia no Charlie. Não tenho por que desenhar Maomé sem roupa”. Disponível em:
O sistema da dívida em debate. Disponível em:
OBAMA: Atentado em Bruxelas. Embargo em Cuba! Disponível em:
Ruy Mauro Marini. Disponível em:
TV Plínio 50 – Dívida pública. Disponível em:
Uso ocidental do Islamismo. Disponível em:
Você deveria se indignar com o Bolsa Banqueiro, isso sim! Disponível em:

NOTAS:




[1] Leia-se “Mudjarredin”, pois no árabe, da mesma maneira que no persa, no inglês, no japonês, no hindu e em outros idiomas, a partícula j tem valor de dj.

[2] Sub-imperialismo é um conceito criado pelo finado intelectual marxista brasileiro Ruy Mauro Marini (cuja obra é muito conhecida na América Latina, mas pouco em seu país de origem) para designar a política externa do Brasil (amparada pela burguesia do estado de São Paulo) durante os anos do Regime Civil-Militar (1964 – 1985), onde almejava buscar uma posição hegemônica na América do Sul e em partes da África, atuando como uma espécie de intermediário dos países centrais da engrenagem capitalista mundial e sendo um fator de desestabilização na região (haja vista o apoio brasileiro a golpes como o no Chile em 1973). Da mesma forma as monarquias do Golfo Pérsico exercem uma política similar no Mundo Islâmico (haja vista casos como o apoio dado ao separatismo checheno contra a Rússia e mais recentemente o apoio que esses estados deram a grupos terroristas na Síria e na Líbia contra Assad e Kadaffi). Com a diferença que enquanto a política sub-imperialista do Brasil na América Latina se dá através poder econômico (incluindo negócios de empresas brasileiras em países como Bolívia, Equador, Panamá, Cuba, Argentina, Venezuela e outros), a das petro-monarquias no Mundo Islâmico se dá através da força bélica e ideológica.

[3] Leia-se “Anguela”, pois no alemão, de modo similar a idiomas como o russo, o mongol e o japonês, o som da partícula g não muda em função da vogal seguinte como nas línguas latinas e no inglês.

[4] Leia-se “Alen”, pois no francês a partícula ai tem valor de e.

[5] Comissão composta por Fundo Monetário Internacional, Comissão Européia e Banco Central Europeu.

Um comentário:

  1. Nota: esse artigo eu originalmente publiquei em janeiro na minha conta no Academia (a qual no mês seguinte foi marcada como suspeita. Inclusive suspeito que recebi censura lá), e aqui o estou repostando, só que com algumas alterações e adições no corpo do texto.

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